Denúncia de fraude em documentos do Plano Diretor

Às claras
O relator da Comissão que deveria apreciar a matéria identificou diferenças entre o texto enviado à Câmara pela prefeitura de Fortaleza e o documento analisado por vereadores. Salmito Filho (PT) avaliou o caso como uma “fraude” e fez a denúncia em Plenário.
“Havia a inclusão de alguns itens, inclusive de um artigo e de outros incisos. Houve várias modificações (…) É claro que essa mensagem pode ser alterada, mas deve ser alterada como manda o regimento, às claras, na tramitação normal, com transparência”, ressaltou Salmito.
Rascunho em Tramitação
O vereador Ronivaldo Maia, que é líder da prefeita Luizanne Lins na Câmara Municipal de Fortaleza, negou que tivesse havido uma tentativa de fraudar documentos, mas acabou admitindo que o texto analisado pelos vereadores foi alterado e disse que o documento que estava em tramitação era uma espécie de “rascunho” do documento original.
“A gente, de fato, se deparou com isso. A mensagem original do Governo estava num processo tombado e o que tava tramitando era uma mensagem que tratava do mesmo assunto, mas tipo um rascunho”, explicou.
A matéria
A matéria trata de adequações do Plano Diretor e inclui autorizações para obras relacionadas a Copa do Mundo de 2014 e até para o Acquário que o governo do Estado quer construir na Praia de Iracema.
“Respeite”
O assunto monopolizou a sessão desta quinta-feira (16) na Câmara Municipal. Debate acirrado, com bate boca e troca de acusações. A vereadora Magaly Marques (PMDB) e o vereador Plácido Filho (PDT) discutiram. A parlamentar chamou Plácido de “vagabundo” e “irresponsável”. O pedetista revidou “vagabunda é você, me respeite”. A sessão foi encerrada e os microfones cortados.
Sem papel
Antes disso, o presidente da Casa, vereador Acrísio Sena (PT), anunciou medidas para evitar possíveis fraudes como, por exemplo, a informatização do processo de apresentação de documentos.
“Acabando com os papeizinhos assinados e deixando sempre disponível na internet todo o trâmite dos processos que chegam nesta Casa”, disse.
Apuração
Mas a oposição insiste em apurar a troca, já ocorrida, do documento original por um “rascunho”.
“Se houve fraude, ou se não houve, eu não posso afirmar. Se houve má fé ou se houve equivoco, incompetência, mas isso é preciso aparecer porque o fato é grave”,defendeu o vereador João Alfredo do Psol.
Acompanhe a matéria exibida no Jornal Jangadeiro:
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Vindo do Salmito, eu desconfio logo. Desde que ele deu uma rasteira na prefeitura na primeira eleição pra presidente da Câmara e depois levou o troco, ficou todo revoltado com a gestão. Não confio nesse vereador e ponto final.